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“Salário na conta, Empréstimo Fácil”: O que você precisa saber sobre o empréstimo para CLT

Se você é trabalhador CLT e já se viu com o orçamento apertado antes do fim do mês, talvez tenha ficado tentado a buscar um empréstimo. Agora, o governo federal lançou uma nova opção: o Crédito do Trabalhador, uma linha de crédito consignado específica para quem tem carteira assinada, inclusive empregados domésticos e rurais.

Mas será que essa novidade é realmente vantajosa? Vamos entender como funciona e quais cuidados você deve ter antes de contratar.

O que é o Crédito do Trabalhador?

O programa foi lançado oficialmente em março de 2025 e tem como objetivo oferecer crédito mais acessível para trabalhadores do setor privado. A grande promessa é facilitar o acesso a empréstimos, descontados diretamente da folha de pagamento. O programa deve atingir 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada.

Além disso, o governo permite que o trabalhador utilize o FGTS como garantia, o que amplia as chances de aprovação e pode ajudar na negociação de taxas melhores. Mas realmente as taxas são menores ?

O programa veio para revolucionar o acesso a esse tipo de empréstimo. Antes do novo plano do governo, a empresa que contrata o trabalhador buscava um convenio (consignado), contratado e formalizado para que o trabalhador pudesse fazer o empréstimo de forma que o desconto fosse feito diretamente na folha de pagamento da empresa.

Principais características e regras para o trabalhador

  • Quem pode usar: trabalhadores CLT (inclusive domésticos e rurais) e empregados de microempreendedores individuais (MEIs);

  • Solicitação: feita através do aplicativo Carteira de Trabalho Digital;

  • Resposta rápida: instituições financeiras enviam propostas em até 24 horas após o trabalhador autorizar o acesso aos dados;

  • Margem consignável: o valor das parcelas não pode ultrapassar 35% do salário;

  • Garantias: até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória por demissão sem justa causa podem ser usados como garantia;

  • Disponibilidade nos bancos: a partir de abril de 2025, será possível contratar o crédito também diretamente nas plataformas dos bancos.

  • MEITambém são elegíveis à contratação do consignado empregados domésticos (formais, ou seja, com registro formal de emprego).

Mas atenção: crédito barato ainda é dívida

O caminho fácil para ter acesso pode se tornar uma armadilha muito grande.

Antes de contratar, o ideal é se perguntar:

  • Eu realmente preciso desse empréstimo?

  • Existe alguma outra alternativa (negociação de dívida, corte de gastos, renda extra)?

  • Como essa parcela vai impactar meu orçamento nos próximos meses?

Opinião do blog Saldo Econômico

É sempre bom ter novas alternativas no mercado, principalmente para quem vive na corda bamba. Mas a facilidade de contratação pode virar cilada se não vier acompanhada de planejamento financeiro

Na prática os juros cobrados são menores comparados com as opções dos principais bancos do mercado. Por outro lado, há preocupações significativas sobre o potencial aumento do endividamento das famílias. A facilidade de acesso ao crédito consignado pode levar ao uso excessivo e descontrolado, resultando em um ciclo de dívidas difícil de quebrar. O alerta que, embora o crédito consignado ofereça taxas mais baixas, sua facilidade de obtenção pode agravar o endividamento da população.

Outro ponto de atenção é o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia. As preocupações de que essa medida possa comprometer a segurança financeira dos trabalhadores em caso de demissão, já que até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória podem ser utilizados para quitar o empréstimo

O Crédito do Trabalhador pode sim ajudar, desde que usado de forma estratégica, com clareza sobre o motivo do empréstimo e a capacidade de pagamento. Afinal, não adianta aliviar o sufoco de hoje criando outro amanhã.


Quer saber se essa linha de crédito vale a pena pra você?

Acesse o app da Carteira de Trabalho Digital, veja se há propostas disponíveis e compare com o que você já tem ou precisa. E, claro, continue acompanhando o Saldo Econômico para mais conteúdos sobre finanças pessoais, crédito consciente e organização do seu bolso.

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